segunda-feira, 24 de maio de 2010

poetas azuis

Pequeno esclarecimento...Mario Quintana


Os poetas não são azuis nem nada,

como pensam alguns supersticiosos,

nem sujeitos a ataques súbitos de levitação.

O que eles mais gostam é estar em silêncio -

um silêncio que subjaz a quaisquer escapes

motorísticos ou declamatórios.

Um silêncio...

Este impoluível silêncio em que escrevo

e em que tu me lês.

A vaca e o hipogrifo - Quintana
Esse silêncio azul


Azul tão imenso quanto o silêncio

da paz.

Silêncio que busco no

Azul que encontro...

Matizes azuis que encantam as serpentes que me cercam

Invólucros que embalam as insistentes desconstruções

Azul das águas que são vidas

Azul do espelho d'alma que hoje traduz a calmaria

dos meus mares..

Ntakeshi.





...e os poetas continuam não sendo azuis...nem nada ...*Mário Quintana

Mas alguns são tão anis que resplandecem

E transcedem a própria morte em tons coloridos e fascinantes

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