segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alphonsus de Guimaraens Filho

Não há poema isento.
Há é o homem.
Há é o homem e o poema.
Fundidos.

Alphonsus de Guimaraens Filho
In Nó, 1984

DOS POEMAS

Não de vento os formei, mas do meu barro.
Não lhes dei sentimento, mas meu sangue.
Acolhe-os, pois, ainda que sejam turvo
rio a cruzar as terras que erigiste
no teu sonho maior, mesmo que sejam
somente um vago eco, um arfar penoso
de barro, solidão, de cinza e sangue.


Alphonsus de Guimaraens Filho

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