segunda-feira, 24 de maio de 2010

Diogo - Filho da Lua

Libertas Quae Sera Tamen

Libertina mãe parida de aço
Que leva nos braços
O sangue transgressor
Faz-se de santa
De fogo
Nas ventas
De seu próprio clamor

Liberdade ainda espera
No esguio frio da noite
E inveja a lua
Por ser longe
Por ser clara
Por ser mãe
E por ser à toa...

Deixa cantar os gemidos de adeus
Deixa em paz
A surdina
A cantiga
E a prece de um ateu

Libertina tinta
Ainda tardia
Que pinta os muros
Com olhares seus.(Diogo)


Que tange
Horizontes tão distantes
E faz sombra
ao tempo passado
deixa as cicatrizes secarem ao vento
deixa em silêncio
a vergasta
a chibata
por ser dorida
por ser mágoa
a longa noite,o adeus
e a liberdade tardia...
Dissoluta tinta,
das cores desregrada
Pintou-lhes as faces,
ergueu-se os estandartes
as trêmulas e tardias insígnias...
Só a história irá apontar,se houveram vencedores
Ou se fomos todos,
Paridos do ventre impostor...
Ntakeshi

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