segunda-feira, 24 de maio de 2010

desconheço a autoria

No teu corpo...








Escrevo um poema no teu corpo

Escrevo-o com palavras-mãos

Soletrando as palavras

Desejo lascívia

Carícia e prazer

Não vou pontuar o meu poema

Nada de vírgulas

Pontos finais

Mudanças de parágrafo

Não quero pausas

No meu poema-corpo

Escrevo-o sem parar

Sem respirar

De cima para baixo

Subvertendo a palavra crescendo

Risco cravo o poema

No teu corpo-página

Até ficares preenchido

Coberto repleto

De traços riscos e letras

Até só haver espaço

Para a palavra orgasmo

E não faltar escrever

Senão a palavra

Fim

publicado por Pensador Insuspeito às 11:42

Nenhum comentário:

Postar um comentário