terça-feira, 22 de março de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen

As Rosas




Quando à noite desfolho e trinco as rosas

É como se prendesse entre os meus dentes

Todo o luar das noites transparentes,

Todo o fulgor das tardes luminosas,

O vento bailador das primaveras,

A doçura amarga dos poentes,

E a exaltação de todas as esperas.



(Sophia de Mello Breyner Andresen)

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