terça-feira, 22 de março de 2011

LUIZ DUTRA

LUIZ DUTRA


Navega meu olho,

no olhar de alguém.

Enquanto cego,

tateando no ontem,

buscando no hoje encontrar o amanhã,

a manhã se faz negra,

a tarde não chega

e minha cara esbarra nos muros das tuas palavras...

Os pensamentos tateiam,

o nariz alcança teu perfume,

e louco de tanto ciúme,

minhas pernas apressam a caminhada...

Por fim nada encontro,

e desencontrado o buscado,

arranco de dentro de mim

dois sonhos recém formados e os coloco a substituir meus olhos

e durmo tranquilo enxergando nós dois rodopiando no imenso salão de esquecer jamais...

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