LUIZ DUTRA
Navega meu olho,
no olhar de alguém.
Enquanto cego,
tateando no ontem,
buscando no hoje encontrar o amanhã,
a manhã se faz negra,
a tarde não chega
e minha cara esbarra nos muros das tuas palavras...
Os pensamentos tateiam,
o nariz alcança teu perfume,
e louco de tanto ciúme,
minhas pernas apressam a caminhada...
Por fim nada encontro,
e desencontrado o buscado,
arranco de dentro de mim
dois sonhos recém formados e os coloco a substituir meus olhos
e durmo tranquilo enxergando nós dois rodopiando no imenso salão de esquecer jamais...
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